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Função Dollar do Prototype para capturar elementos HTML

Enquanto não preparo um material exclusivo sobre manpulação DOM da especificação W3C, gostaria de falar sobre o encapsulamento dessas operações que os Frameworks Javascript fazem.

A funcionalidade principal de todos os Frameworks, é abstrair a complexidade da manipulação DOM, que não é tão complexa assim mas é chata para muitos. Como o DOM é o acesso aos elementos, e dependemos deles para montar a UI (User Interface) das aplicações, todos (Frameworks) tentam minimizar ou associar essa manipulação com a facilidade de linguagens UI que temos costume no desktop.

O Extjs por exemplo, tem o objeto Ext.Element que representa um elemento DOM e possui métodos amigáveis como: Ext.get(id), para capturar um elemento, Ext.get(“my-div”).setWidth(100) para setar uma largura de 100 pixels a um elemento capturado, entre outros métodos.

O Bruno Torres em seu projeto, O Básico da web, escreveu um artigo básico sobre captura de elementos HTML. Esse artigo me inspirou a falar sobre a função $ (Dollar) famosa no Framework Prototype pela simplicidade. Quem quiser aprender como se seleciona um elemento DOM, dê uma olhada no artigo, lá está bem explicado e com uma didática legal.

A função $ (Dollar), símbolo do uso do Prototype, representa um mecanismo “conveniente” de captura de um elemento, presenteado com métodos auxiliares para a manipulação do DOM em um lote de elementos.

Para capturar o elemento DOM, você precisa usar a sintaxe:

var el = document.getElementById("id_elemento");

A partir daí podemos selecionar ou alterar suas propriedades como:

alert(el.innerHTML); // exibe o conteúdo

Enquanto no Prototype, a função $ providencia um acesso mais limpo:

var el = $("id_elemento");

Essa função é amada por todos os desenvolvedores javascript, a construção dela é absolutamente simples:

function $(els) {
	this.elements = [];
	for (var i=0; i < els.length; i++) {
		var element = els[i];
		if (typeof element == 'string') {
			element = document.getElementById(element);
		};
		this.elements.push(element);
	};
	return this;
};

O código da função acrescenta os elementos passados como parâmetros (caso queira capturar vários, apenas separe por vírgula) em uma propriedade array na função. Caso o parâmetro seja uma String, um elemento é capturado pela forma tradicional usando essa String (que deve ser referência a um ID) e acrescentado no array, a cláusula return devolve o escopo da própria função.

A função $ é enriquecida com funçõse que manpulam esse conjunto de elementos. A lógica é que ao retornar esse elemento(s), uma função seja acionada e manipule esse elemento (ou conjunto deles). Essas funções podem ser adicionadas via prototype (propriedade herdada da Global que representa o escopo interno de todos os objetos):

$.prototype = {    
	each: function(fn) {
		for ( var i=0,len=this.elements.length;i++) 
		{
			fn.call(this, this.elements[i]);
		};
		return this;
	}
}

Assim, ao selecionar vários elementos, podemos aplicar essas funções diretamente. Outras funções podem ser adicionadas usando o prototype, criando um ecosistema elementar para manipulação desses elementos.

Veja como a aplicação dessa função reduz o código necessário para acionarmos um elemento diretamente e aplicarmos uma instrução que se feita por DOM, levaria várias linhas:

$('botao').on('click', 
	function() { 	
		$('teste').each(
			function(el){
				alert(el.value);
		});
		alert($('teste').value);
	});
}

Nos próximos posts, destilaremos vários frameworks e como cada um faz sua manipulação.

[UPDATE 10-02-2008]

Para exemplificar melhor como trabalha o Framework Prototype, Devido aos comentários do Edu, ficou faltando código para compreender como a função "$" está disponível no código.

Nas versões antigas do framework, eles faziam assim:

  1. Cria-se uma função privada no contexto referenciada por _$;
  2. Retorna uma instãncia dessa função _$ referenciada a $;

Como fica isso em código:

  // função privada com o código que vimos nesse post
  function _$(els) {
    this.elements = [];
    for (var i=0; i
      var element = els[i];
      if (typeof element == 'string') {
        element = document.getElementById(element);
      };
      this.elements.push(element);
    };
    return this;
  };

Cria a função global "$" com referência a uma instância da função privada "_$"

  $ = function() {
    return new _$(arguments);
  };

O código completo ficaria assim:

(function() {
  function _$(els) {
    this.elements = [];
    for (var i=0; i

Observe que hoje ficou bem mais rebuscado no código das últimas versões, mas o conceito é o mesmo.

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Ext 2.0 Beta 1

Confira o lançamento da versão beta 1 do Ext 2.0. Essa nova versão trouxe uma mudança significativa nos objetos do Framework, uma aplicação construída com as versões 1.x não tem compatibilidade com a nova que ainda não está estável.

Portanto se deseja construir uma aplicação, ainda é interessante usar a versão 1.1.1 que provavelmente não terá mais atualização, apenas correções.

O Ext iniciou como uma extensão do Yahoo! YUI, chamado ext-yui. Quando a equipe do YUI construiu o componente DataTable, que rivalizou diretamente com o componente GRID do ext-yui (carro-chefe da extensão), Jack Slocum resolveu usar outros frameworks como base (JQuery e Prototype), criou uma empresa para comercializar seu framework com licença comercial (além da licença livre LGPL versão 3), mudou o nome para Ext (retirando a extensão yui) e por fim criou uma implementação livre sem a necessidade mais de terceiros.

Quando Jack Slocum encerrou o ext-yui, na versão 0.33, a arquitetura foi totalmente alterada no Ext 1.x, agora novamente temos uma alteração profunda nos componentes principais que requerem mudanças drásticas e praticamente inviabiliza o upgrade para a nova versão em curto espaço de tempo. Os fontes no SVN agora somente são acessíveis pela licença comercial, mas nos builds disponíveis para downloads, eles são disponibilizados como manda a LGPL.

Nos próximos artigos, vamos explorar esse Framework, destilando cada componente importante e mostranto a diferença entre os dois ramos principais. Aguarde e confira.

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Script Tag

Para implementar o dinamismo nas nossas páginas, usando o Javascript, precisamos trocar informações entre as camadas físicas diferentes, o cliente (por intermédio de um Browser) solicitando recursos de um servidor remoto (lado servidor).

Dentre as estratégias para essa troca de recursos entre as camadas distintas, temos IFrame, XHR e o Scripttag.

IFrame era uma técnica muito comum na era pré-ajax, mas que causava vários problemas, além da complexidade desnecessária e natureza gambiarrosa. Um dos problemas da técnica era quando se perdia a referência entre os frames e as páginas que os evocam (acontecia com uma frequência não tão insignificante). Geralmente os frameworks implementam a técnica de IFrame por questão de compatibilidade com browsers mais antigos. Quem não se lembra do escondido.jsp (ou escondido.php, escondido.asp, escondido.etc …)?

Como vimos em um post passado, a técnica de usar o XHR nos proporciona trabalhar com o parsing de XML ou a montagem dinâmica de objetos serializáveis, seja com “Eval” ou usando a capacidade dinâmica da linguagem de definir objetos de forma simples em tempo de execução. Vimos que usar Eval não é bom porque “Eval is Evil“.

A técnica de Scripttag está em alta porque aproveita a própria capacidade do browser para instanciar um trecho de código serializável entre as camadas físicas distintas. A técnica está descrita no Pattern Lazy Loading Javascript ou On-Demand javascript

A técnica consiste em se obter um recurso do servidor em forma de texto, mas já formatado como um código (entidade) javascript e adicionar esse trecho na seção head da página, fazendo com que o próprio Browser instancie como se estivesse lendo a página na carga inicial. Vejamos:

function JSONRequest(url) {
   var head = document.getElementsByTagName("head")[0];
   var script = document.createElement('script');
   script.id = 'TriadworksOnDemand';
   script.type = 'text/javascript';
   script.src = url;
   head.appendChild(script)
}

function montaGrid(usuarios) {
    //aguarda um array de usuarios
    for(var x in usuarios) {
        //pega usuarios[x]...
    }
}

function pesquisar(id) {
    var url = 'http://server_path/usuario/'+id
                 +"/?callback="+montaGrid;
    JSONRequest(url);
}

pesquisar(101);

Observe que criamos uma função chamada JSONRequest, que basicamente pega uma url e adiciona dinamicamente na seção head da página. Essa url é uma saída texto pelo servidor no formato JSON, utilizando o modelo REST para obter um recurso, ou seja, o servidor responde com um objeto serializável no endereço /usuario/id porque ele reconhece que as requisições a esse endereço são lógicas CRUD para a captura do recurso “usuário”. Passo como parâmetro uma variável chamada callback para o servidor renderizar a execução dessa função para ser interpretada assim que o Browser anexar a resposta.

A resposta viria mais ou menos assim:

montaGrid( [
          {'id':'101',
           'nome':'Christiano',
           'sobrenome':'Milfont',
           'email':'cmilfont@gmail.com'
          } ] )

AO executar a função JSONRequest, o código anexa a resposta do servidor na seção Head da página e então o Browser interpreta como se estivesse lendo na carga da página, executando a função montaGrid.

Diferenças entre as abordagens Scripttag e XHR.

XmlHttpRequest Dynamic script Tag
Compatível com Cross-browser? Não * Sim
Cross-domain browser security enforced? Sim Não
Trabalha com HTTP status codes? Sim Não (falha com outro código HTTP diferente de 200)
Supports HTTP GET and POST? Sim Não (Somente GET)
Pode receber/enviar HTTP headers? Sim Não
Pode receber XML? Sim Sim (mas embutido na sentença JavaScript)
Pode receber JSON? Sim Sim (mas embutido na sentença JavaScript)
Oferece chamadas síncronas e assíncronas? Sim Não (somente assíncronas)

* – Basicamente poderíamos dizer que é compatível sim, mas com a diferença na implementação. Somente os browsers mais antigos não possuirão o objeto necessário.

Então o uso racional das abordagens vai depender da necessidade de características de cada uma, cada qual possui suas vantagens e desvantagens. Mais em XML.com.

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