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Comércio eletrônico brasileiro em 2007

Fatos

O comércio eletrônico brasileiro atingiu R$ 6,3 bilhões em 2007, um crescimento de 43% em relação ao ano anterior. Foram 20,4 milhões de pedidos feito por cerca de 9,5 milhões de pessoas, que realizaram um gasto médio de R$ 302. Os dados são do relatório WebShoppers, da e-Bit.

fonte: Information Week Brasil nº 198, 28 de Março de 2008.

Durante todo o ano de 2007, dentre todas as categorias de produtos existentes na pesquisa de satisfação da e-bit, cinco delas foram as campeãs de audiência figurando como as preferidas dos consumidores na hora de adquirir um produto pela internet. Em primeiro lugar, Livros e Assinaturas de Revistas e Jornais seguidas por Informática, Eletrônicos, Saúde e Beleza em 2°, 3° e 4° lugar e, na quinta posição, Telefonia Celular.

fonte: WebTraffic.com.br

…Da mesma forma que a Casas Bahia tornou-se líder absoluta na venda de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos no país, a B2W, empresa que concentra os sites Submarino e Americanas.com, domina o varejo online, com 54% de todo o faturamento do setor… a vice-liderença do mercado é ocupada pelo MagazineLuiza.com [6%], seguido de perto por CompraFacil.com [4%], PontoFrio.com [4%] e Extra.com [3%]…

fonte: Revista Exame, edição 916, pág. 54 – 23 de Abril de 2008.

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Software Livre amadurecendo

Dentro do “Movimento Software Livre” existem dois grupos, o grupo da Open Source Initiative e o grupo da Free Software Foundation. Ambos nasceram dos movimentos de contra-cultura que influenciaram muitos geeks e nerds dentro dos grandes centros acadêmicos, um desses centros é o MIT (casa de Noan Chomsky) de onde saiu Negroponte (fundador da iniciativa One Laptop Per Child).

A diferenciação entre os dois grupos principais se dá pelo aspecto filosófico, enquanto o OSI prima pela liberdade em distribuir software como se queira e fomenta o compartilhamento do conhecimento, o FSF foca em radicalizar e não aceita outras licenças que não sejam as suas.

As idéias do FSF ultrapassam o campo do software e por isso se confunde com outros aspectos da sociedade enquanto a OSI trata exclusivamente de software.

O seguidor da OSI é mais vendável e está preparado ao mundo civilizado, convenhamos, o capitalismo venceu e o muro caiu. Hoje com o desenvolvimento da tecnologia e consequentemente das comunicações, não existe mais lugar para idéias retrógradas de quem pensa que vive no século 18.

Um dos aspectos do FSF é que, por ultrapassar a barreira do software e entrar em outros campos de conhecimento, atrai gente confusa com idéias tortas sobre open source. Foi assim com o socialismo.

O marxismo surgiu e matou com o que poderia sair de dentro do socialismo, hoje não existe outra forma de socialismo senão o marxismo e essa corrente é como erva daninha, corrompe o pomar inteiro. Existiam muitos téoricos importantes no socialismo como Proudhon, Benjamin Tucker, Max Stirner, Lysander Spooner, entre outros . O marxismo matou a evidência de conhecimento útil, não espere mais algo de bom do socialismo.

Open Source não é sobre preço, não é de graça. Open source é sobre compartilhamento.

Compartilhamento sem reconhecimento, mina a iniciativa.

Um grande contribuidor do movimento de software livre nacional escreveu nesses dias sobre a situação no Brasil e como o brasileiro em grande parte é um gafanhoto, confunde o princípio básico do movimento (que é compartilhamento), com custo.

Muitos comentários no BR-Linux e no MeioBit, mostram como o pessoal da linha FSF é desorientado e fica sem argumentos convincentes.

O bom dessa história toda é que imagino que o grupo de FSF enfraqueceu um pouco aqui e a OSI merecidamente ganhou mais evidência. Sun comprou a MySQL AB, é o modelo OSI funcionando. Software livre o Open Source dá dinheiro, basta ter um mínimo de conhecimento econômico e não tentar esticar a cultura para além do software.

Deve ser muito ruim ser o Stallman, imagine que se você bobear, jogar um PS2zinho ou ficar sem um mp3 básico todo mundo cai em cima e tudo que você construiu na vida toda vai por água abaixo. Aliás, já até perguntei se é ético tomar banho já que os sistemas que cuidam do abastecimento podem não serem livres.

Qual a fronteira entre uma ideologia e a vida real? Já questionei sobre manter um software livre e afastado totalmente de soluções proprietárias. Para mim dá para conviver normalmente entre os dois mundos.

Vão surgir aproveitadores? Claro que vão, escrevi sobre isso a dois anos já. Empresas vão se aproveitarem da comunidade para fortalecerem seus produtos com uma base Open Source enquanto desenvolvem soluções comerciais com um custo muito menor do que tivesse que desenvolver o produto totalmente fechado. Assim é o mercado, os dois lados se beneficiam do negócio, um Player injeta dinheiro e ajuda a comunidade que em contrapartida ajuda a criar um produto imbatível.

Free software não é “free beer”, mas muitos esquecem disso.

O modelo proprietário vai continuar existindo, mesmo que seja camuflado de versão comercial de um produto Open Source. O que importa é o modelo aberto crescer e amadurecer!

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Frameworks/tools caseiros ou fechados

Sério, eu até tinha planejado um PodCast sobre framework caseiros e ferramentas miraculosas, mas desisti porque pensei que o mercado meio que tinha amadurecido depois que o meu “Case” do Podcast resolveu chamar um arquiteto para domar a confusão que esse tipo de solução causa.

Eis que uma nova discussão no GUJ me faz pensar que talves ainda seja válido alertar para esse problema que é criar soluções caseiras ou fechadas.

A comunidade Java sofreu muito antimarketing por causa desse tipo de coisa, quem se lembra do Egen sabe do que estou falando, o último que conheço que abandonou o Egen e construiu a aplicação do zero foi a PGE-CE (só que construiu em dotNet). A comunidade JAVA sempre sofreu desse fetiche de gerentes despreparados de quererem resolver a solução por mágica.

Tenho uma fórmula de fracasso para esse tipo de solução, independente se é Framework ou Tool os ítens servem para ambos os casos.

Fórmula para o fracasso:

  1. Definir uma plataforma de referência (muito comum em órgãos públicos), que sirva para todo e qualquer sistema;
  2. Usar um framework/tool proprietário na plataforma de referência;
    1. tool/framework fechado tem comunidade pequena (portanto fonte de pesquisa menor), código geralmente não padronizado, dificuldade de encontrar pessoal que domine a ferramenta, práticas abomináves que tentam concentrar o conhecimento para evitar que a concorrência tenha algo igual

Variação da Fórmula:

  1. Definir uma plataforma de referência (muito comum em órg]as públicos), que sirva para todo e qualquer sistema;
  2. Usar um framework/tool proprietário CASEIRO na plataforma de referência;
    1. tool/framework é desenvolvido “in house”, o que piora o item 2 exponencialmente já que geralmente esse framework foi pensado para um solução específica e depois foi “vendido” como solução para qualquer sistema, desenvolvido por uma equipe que o tinha como meio e não fim (por isso atrasaram o projeto inicial já que além do sistema ainda desenvolveram as ferramentas), a empresa que desenvolve como meio não tem recurso de uma Borland por exemplo e o sistema é cheio de “nas coxas”.

A maioria de quem é senior já passou por isso, eu mesmo já desenvolvi meu próprio framework action-based, aconselho a todos os juniores a fazerem o seu, é uma exercício excelente.

A culpa de deixarem os frameworks caseiros se tornarem oficiais da empresa é dos gerentes/arquitetos que tem a obrigação de saberem que isso é “harmful”, e se deixam, devem perder sua insígnias imediatamente, sinal de que não sabem de nada ou ficaram hibernando na década de 90 e milênio novo.

Eu detesto Struts e tenho minhas críticas ao Model2 por tudo que ele provoca, mas entre escolher um Struts que tem bibliografia extensa, documentação a dar no pau, maturidade, ser livre e aberto, fóruns, pessoal a vontade e inúmeros casos reais… e escolher um framework desses da minha fórmula do fracasso, fico com a primeira opção sem piscar o olho.

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Ah! ia esquecendo, o Shoes blogou sobre a discussão do GUJ.

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